Colecionismo de camisolas desportivas: ponto de vista de um colecionador
Já aqui mostrámos a coleção de um amigo colecionador (que mostra a sua coleção em Costa Correia MW Shirts). Recentemente ele publicou no seu Facebook o texto que agora reproduzimos com autorização, por acharmos que está correto e vale a pena ser dito. Aqui vai:
O colecionismo de camisolas desportivas, não é muito diferente do colecionismo de quadros, cartas, moedas, ou qualquer tipo de memorabilia.
É algo que não se aprende no imediato. Requer experiência, estudo, gosto pelo que se faz, muito tempo, sacrifícios e principalmente é um jogo de paciência.
O estudar os jogos, os modelos, se o modelo X tem um número de veludo ou vinyl. Se o modelo Y tem o número cerigrafado ou embutido e com ou sem relevo. Se o símbolo é o original ou foi posto posteriormente. Se a camisola foi modificada. Se os autografos são autênticos. Se existe algum jogo específico onde a camisola foi usada. Se a gola tem as riscas na ordem certa. Se existe alguma letra escrita na gola ou na parte de trás. Se o patrocínio era em pano ou desenhado.
É tudo muito mais complexo do que simplesmente verificar se existe uma etiqueta da marca, como se calhar alguém casual pensaria.
Todos estes exenplos são verificados muitas vezes em cima da hora ao mesmo tempo que se negoceia o preço com o vendedor. O próprio investimento por vezes é complicado.
Para além de todas estas coisas, existem outras coisas más. Eu diria que todos os colecionadores de topo já foram enganados pelo menos uma ou duas vezes, ou até mais. Errar faz parte do cardápio.
Depois existe também a competitividade entre colecionadores, que sendo honesta ou desonesta (porque existe ambas), é algo com que mais tarde ou mais cedo temos que lidar e com isso por vezes existem amizades que inevitavelmente se perdem.
Quando postamos as fotografias, as pessoas vêem o "End Result" que é talvez a parte mais agradável, mas há todo um trabalho e uma investigação por trás disso.
Uma nota de apreciação para todos os colecionadores que vão resistindo!
André Correia